“Monstros” e lixeiras a céu aberto mancham paisagem de Freguesias de Melgaço

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Na rua da Devesa (S. Paio) numa das zonas de menor circulação automóvel, há quem aproveite para deixar grandes e pequenos eletrodomésticos, alguns já espoliados dos materiais de algum valor, assim como restos de madeiras e outros materiais resultantes de obras.


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“Monstros” e lixeiras a céu aberto mancham paisagem das freguesias de Melgaço

O alerta de um residente de São Paio, para a rua de Devesa, mostra que continuam a ser deixados “monstros”, entre outros restos de obras, junto a contentores de lixo de indiferenciados.

Na rua da Devesa (S. Paio) numa das zonas de menor circulação automóvel, há quem aproveite para deixar grandes e pequenos eletrodomésticos, alguns já espoliados dos materiais de algum valor, assim como restos de madeiras e outros materiais resultantes de obras.

No caso do Lugar de São Paio, os residentes próximos daquela artéria da Freguesia já tem alertado a Junta e os serviços da Câmara Municipal para que – uma vez que não é possível controlar ininterruptamente aquele ponto crítico para despejo de lixo sob vigilância – seja pelo menos colocado um aviso para que ali não sejam depositados materiais desta dimensão na via pública, sem que pelo menos sejam avisados os serviços municipais para saber o dia agendado ou combinar melhor dia e ponto de recolha.

O município de Melgaço tem um serviço de recolha destes equipamentos obsoletos de média ou grande dimensão, desde que não ultrapasse as medidas estipuladas: “Cada munícipe poderá deixar até 2 metros cúbicos destes monstros” no ponto de recolha combinado e agendado com a autarquia.

A autarquia, em folheto informativo com as formas de contacto para que o agendamento seja possível, faz saber ainda que “é proibida a colocação de resíduos em qualquer local” e que a prática configura “contraordenação”, segundo o Regulamento Municipal de Resíduos Sólidos, Higiene e Limpeza Pública.

No caso da Devesa, por vezes são os serviços da Junta de São Paio que recolhem temporariamente os resíduos ali deixados, postos em estaleiro até que os serviços autárquicos façam a recolha para tratamento em conformidade.

A população do lugar pede que, em jeito de dissuasão – e a par de algum controlo mais frequente – seja colocado uma placa de alerta para a infração em que incorrem os prevaricadores se apanhados em flagrante desrespeito pelo Regulamento Municipal e falta de civismo perante a comunidade local.

Mas outros casos, de maior ou menor dimensão, chegam desde as linhas de água próximas do Rio Minho até às proximidades das linhas de água do planalto de Castro Laboreiro.

Foto de William Eduardo Bento, publicada no grupo da rede social Facebook “Melgaço, Portugal começa aqui” em 21 de Novembro do corrente ano, mostra um contentor de lixo atirado para a berma de um ribeiro, junto da Ponte Pedrinha (próximo do Centro de Estágios de Melgaço), no que alegadamente terá sido um acto de vandalismo. O lixo comum, normalmente depositado neste tipo de contentores, ficou espalhado pela berma, passível de contaminação do caudal.

Próximo de um ponto de água, em Castro Laboreiro (Portelinha), a agressão à paisagem e às linhas de água é mais extensiva. Há madeiras, restos de obras e mobiliários próximos do pântano e de transito de pessoas.

Supomos que, a serem colocadas placas de sinalização, o pedido de respeito pelo ambiente terá de ser firmado em mais locais do concelho. A convivência com o meio é possível e saudável, do monte à ribeira.

Fotos do ponto de água em Castro Laboreiro cedidas por Manuel António (pólen), em Novembro de 2023.

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