Estradas Nacionais 101 e 202 “estão esgotadas, o que nos favorece é que, atravessando a ponte do Peso, estamos a dez minutos da A52”

Avatar photo
“Para aquilo que estamos a fazer do ponto de vista industrial em Melgaço e que está a ser preparado também em Monção, aquilo que é o nosso fluxo de trânsito via turismo e temos mais gente a chegar cá (…) esta estrada está completamente esgotada. É uma Estrada Municipal, já não é uma Estrada Nacional”.


Publicidade


O presidente da Câmara Municipal de Melgaço, Manoel Batista, chama a si o primeiro alerta, em 2019, para a eventual sobrelotação das ligações de Melgaço e Monção a Valença e, consequentemente, às autoestradas nacionais. Naquele ano, Melgaço associou Monção a um pré-projeto que reclamava para estes concelhos uma alternativa rodoviária a partir de Valença, com ligação à A28 e à A3.

“Custou muito passar esta mensagem. Quando comecei a falar disto em 2019, alguns políticos sorriam, outros nem queriam ouvir falar do assunto. Hoje todos perceberam que é importante e que tem de acontecer, ou sim ou sim, não é para amanhã”, declara o edil de Melgaço.

Relativamente à requalificação em curso na EN101 e EN202, que ligam os dois concelhos raianos a Valença e à autoestrada, o edil diz que será “uma estrada mais bonita”, mas que já “não responde às necessidades”.

“Teremos uma estrada mais bonita, mais prática, mais funcional, mas está provado que essas estradas [101 e 202], mesmo requalificadas, não respondem às necessidades. Ainda anteontem de manhã tinha de estar às 9 horas em Viana do Castelo e confesso que tive de não cumprir algumas regras de trânsito para me poder safar e chegar atempadamente a Viana do Castelo, porque a quantidade de trânsito de mercadorias, de passageiros, de veículos pesados que andam na estrada é enorme. Aquilo que temos dito ao Governo à IP [Infraestruturas de Portugal] é que aquilo que temos não serve. Vai Ficar completamente entupido. Para aquilo que estamos a fazer do ponto de vista industrial em Melgaço e que está a ser preparado também em Monção, aquilo que é o nosso fluxo de trânsito via turismo – inauguraremos este ano um novo grande hotel em Melgaço – e temos mais gente a chegar cá, não só para a nossa hotelaria, mas também para o turismo em espaço rural, esta estrada está completamente esgotada. É uma Estrada Municipal, já não é uma Estrada Nacional, neste momento”, apontou o edil.

Melgaço poderá beneficiar, como vem sendo mote das campanhas de cativação de investidores para as zonas empresariais do concelho, da proximidade às vias de comunicação e portos da Galiza. O autarca de Melgaço reconhece mais uma vez que a campanha resultou, precisamente pela forma como se faz sair o produto industrial das unidades a instalar-se ou em vias de instalação no concelho.

DCIM\100MEDIA\DJI_0543.JPG

“As empresas que estão a chegar à Zona Empresarial e os interesses que estão a chegar de investimento são de empresas com capital espanhol. Acredito que tenhamos aqui uma particularidade que nos favorece, e que não é a N202 nem a N101, é o facto de estarmos, atravessando a Ponte [Internacional] do Peso, a dez ou 12 minutos da A52. Boa parte do trânsito que vai acontecer do ponto de vista industrial, aqui em Melgaço, vai passar a ponte do Peso e não vai entupir a Nacional 202 e 101, se não havia de ser bonito aquilo que poderia acontecer”, analisou ainda o autarca.

Total
0
Shares
1 comentário
  1. Concordo plenamente! A estrada 101 e 201 estão desatualizadas para a nossa necessária mobilidade. Mesmo com as obras que se estão a fazer na 101, há muito necessárias, disse-me um amigo há dias a trás que chega-se mais depressa de bicicleta pela ecopista de Monção a Valença e vice-versa do que de automóvel. Eu, como bastante utilizador posso dizer que há duas que posso confirmar isso!

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Artigo Anterior

Cinco empresas de Melgaço distinguidas com o prémio PME Líder do IAPMEI

Artigo Seguinte

Fundo da Aldeia da Varziela: Depois do sonho, o projeto de 1,5 milhões de euros

Pode também ler