Saúde, o bem essencial


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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde é um estado de bem-estar físico, mental e social completo e não significa apenas a ausência de doença ou enfermidade.

Cuidar e ter saúde é o bem mais essencial e primário, ao qual, todo e qualquer cidadão, deve poder ter acesso. Para tal, os cuidados de saúde têm de ser com­postos por centros hospitalares, equipas de médicos, en­fermeiros, dentistas, psicólogos, terapeutas entre outros tantos especialistas e técnicos. A verdade é que, cada país tem as suas condutas e rege-se pelas suas próprias regras que estabelecem o acesso da população aos cuidados mé­dicos, sendo principalmente influenciado pelo nível em que se encontra tanto em termos económicos como em termos sociais.

Uma referência internacional como a Revista CEOWor­ld, partilha um índice de cuidados de saúde, que traduz uma análise estatística da qualidade do sistema de saú­de, incluindo a avaliação em termos de infraestruturas, competências dos profissionais de saúde, qualidade dos medicamentos disponíveis e a disposição e preparação governamental.

Os seus resultados indicam que os países com me­lhores referências são a Coreia do Sul, Taiwan, Dinamar­ca, Áustria, Japão, Austrália, França, Espanha, Bélgica e Reino Unido. Portugal, neste ranking, ocupa a vigésima segunda posição.

Considerando outra referência como a Commonwealth Foundation, uma organização intergovernamental funda­da por chefes de governo, destacam-se países como a No­ruega, Holanda e Austrália que foram avaliados segundo os seus critérios no acesso à saúde, atendimento aos pa­cientes, capacidade administrativa, equidade e resolução/ acompanhamento. Já os Estados Unidos da América (EUA), apesar de terem gastos elevados na saúde, apresentam al­tos níveis de mortalidade, mais casos de doenças e uma esperança média de vida que tem vindo a diminuir aos longo dos tempos.

Em Portugal, foi publicada em Diário da República a Lei nº56/79, em setembro de 1979, que criou o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e que “concretiza o direito à pro­teção da saúde, a prestação de cuidados globais de saúde e o acesso a todos os cidadãos, independentemente da sua condição económica e social, nos termos da constituição”. O caminho que se seguiu desde então provou uma evolu­ção nos cuidados prestados e prova disso são os resultados na acessibilidade e no aumento da esperança média de vida.

  • Mas será que andam a ser tomadas as medidas neces­sárias?
  • Mas será que o investimento na consciencialização pú­blica e na educação para a saúde é suficiente?
  • Mas será que são tomadas medidas preventivas para com a população?
  • Mas será que a assistência para com todos os pacientes é feita de forma segura?
  • Mas será que existe um controlo, uma coordenação e uma gestão assertiva em termos administrativos?
  • Mas será que existe uma distribuição adequada de médicos por centros de saúde para que seja dado o apoio necessário aos pacientes e para que, consequentemente, as urgências não entupam?
  • Com certeza que não há apenas o caso de uma pessoa que está em fila de espera há mais de 2 anos por uma consulta numa determinada especialidade.
  • Com certeza que não há apenas o caso de uma pessoa que faleceu e que tristemente recebeu uma carta para uma consulta que deveria ter dentro de semanas.
  • Com certeza que não há apenas o caso de uma pessoa a quem foi negado um tratamento para contenção de des­pesas do centro de saúde à qual está alocada.
  • Com certeza que não há apenas o caso de uma pessoa que teve de mexer nas suas poupanças para recorrer ao privado e tentar ser atendida.
  • Com certeza que não há apenas o caso de uma pessoa que passa 9h de espera nas urgências de um hospital para ser devidamente acompanhada e atendida.
  • Com certeza que não há apenas o caso de uma pessoa que por vergonha e/ou por falta de instrução pública não recorra ao acompanhamento psicológico.
  • Com certeza que não há apenas o caso de uma pessoa que tenha problemas dermatológicos, mas dados os ele­vados custos praticados para esses tratamentos, tenha de escolher “ter pão para pôr na mesa”.

Como dizia uma pessoa muito sábia e presente nas vi­das de quem lê esta sátira “Quem tem saúde tem tudo!” … e é bem verdade!…

Por isso, trate-se de “arrumar a casa” primeiro. Trate-se de resolver os problemas de raiz. Trate-se de valorizar e investir nos profissionais de saúde que são apelidados de heróis, mas que nas horas H parece que o seu esforço passa ao lado de muitos olhos. Trate-se de cuidar da po­pulação para que sejamos um Portugal dos Portugueses, com uma esperança de vida crescente, com assistência para os mais novos, mas também para os mais sapientes e vetustos. Porque todos temos direito à vida! E que bom que é saber vivê-la!

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