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A Tasquinha da Portela, em Paderne, celebra duas décadas de atividade com um programa festivo nos dias 20 e 21 de junho, que alia música e solidariedade.
Filipe Vieira quer que a festa envolva todos os que fizeram parte da história da ‘Tasquinha’ ao longo dos últimos 20 anos, mas também inaugure uma nova tradição: festejar com a comunidade e apoiar uma instituição cuja missão é socorrer todos — a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Melgaço.
E haverá várias formas de qualquer melgacense ou visitante apoiar os Bombeiros enquanto desfruta do megaevento que ‘tomará’ o Largo da Corredoura ao longo de dois dias.
No primeiro dia (20), a entrada no recinto para a Noite de Fado, a cargo de Emanuel Soares & Guida Fernandes, terá o custo de 10 euros, que Filipe Vieira pretende que seja um dos maiores contributos da comunidade para os Bombeiros. O espetáculo está agendado para as 22h00, mas o recinto abrirá mais cedo para que o público possa usufruir do espaço e das várias marcas de Alvarinho que patrocinam o evento, cuja receita reverterá em 30% para os Bombeiros de Melgaço.
À meia-noite, haverá oferta de caldo-verde e pataniscas, por conta da casa — a Tasquinha da Portela —, que promove este warm-up para o seu dia especial de aniversário. O pagamento será apenas devido nas bebidas, cuja receita será canalizada para a causa solidária.
No sábado, dia 21, a entrada é livre e a festa faz-se com todos. O programa começa pelas 15h00, com o desfile da Fanfarra da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Melgaço pelo centro da freguesia de Paderne. Às 16h00, segue-se a atuação do Trio Inside, na carpa instalada no Largo da Corredoura.
A tarde será uma sucessão vertiginosa de atuações musicais e momentos institucionais, que pretendem sensibilizar para a vertente solidária do evento e também para a história de um restaurante que tem trazido prestígio à cozinha regional e se tornou uma marca de referência na freguesia.
Neste contexto, pelas 17h15, será feita a projeção do vídeo comemorativo dos 20 anos da Tasquinha da Portela, com apresentação oficial da equipa e momento para discursos.
Pelas 18h30, sobe ao palco o duo Mar&Dar (o casal Marlene Rodrigues e Dario Rocha) e, após a pausa para jantar — novamente oferecido pela Tasquinha da Portela, sendo pagas apenas as bebidas —, seguem-se novas atuações: José Barbosa & Gonçalo Pereira, às 20h30, e, às 23h00, a Orquestra Eclipse. A partir das 02h00 e até às 04h00, a noite será animada pelos DJs Tanaça e Parreca.
Filipe Vieira, o timoneiro das várias fases da Tasquinha da Portela, quer dedicar este bom momento do espaço de restauração aos clientes e amigos, mas também ao passado e à sua ligação pessoal à corporação de bombeiros.
“Ao longo destes anos, fui sempre recordando o tempo em que fiz parte dos Bombeiros de Melgaço, da Fanfarra e da Escola de Música. Desde que a minha mãe faleceu — com 38 anos, tinha eu 11 — foi um dos meus escapes de infância. Para mim, os Bombeiros foram sempre um suporte, daí esta vontade grande de doar — e espero que seja uma receita grande — e convidarmos os bombeiros para serem os nossos parceiros nesta festa”, explica.
“É uma festa para mostrar às pessoas que, quando festejamos e partilhamos, o sabor da vitória é outro. Trabalhámos sempre com pessoas, por isso queremos fazer uma festa de 20 anos com as pessoas, mas também por uma causa — e não há causa mais bonita do que ajudarmos os nossos bombeiros”, acrescenta.
O programa que vai transformar o Largo da Corredoura é assumido pela Tasquinha da Portela, incluindo toda a animação musical contratada para o evento. E já há indicadores para medir o sucesso.
“Tenho encomendados 3.000 copos e 3.000 sacos porta-copo. Espero que não cheguem. Esse é o meu objetivo: que não cheguem mesmo”, perspetiva o promotor.
“Ninguém vai pagar a comida, é a Tasquinha da Portela que vai oferecer. O saquinho e o copo é que terão o custo de 5 euros, dos quais 30% revertem para os Bombeiros”, reforça Filipe Vieira.
“O que se está a fazer aqui é único. É uma festa pública, para todos, feita por um privado, em prol de uma causa pública. Já se fizeram muitos jantares e almoços, mas, desta forma, a única festa que os Bombeiros de Melgaço realizaram foi em Arbo (Galiza), em 2016.”
Para a corporação, dificilmente o fecho das contas será de soma zero. Os 30% da venda de cada kit copo+saco porta-copo, bem como cada bebida vendida no recinto, dependerão da adesão popular. Mas o organizador prevê esgotar não só o stock de kits como também a lotação do espaço.
Mais de uma dezena de cantores, músicos e animadores vão passar pelo Largo da Corredoura, acolhidos — público e artistas — por uma tenda com 15 metros de altura, um pórtico alusivo aos 20 anos da Tasquinha da Portela e uma passadeira vermelha com mais de 30 metros, que acrescenta glamour a uma festa que Filipe Vieira gostaria de ver tornar-se anual.
“Acho que Paderne e Melgaço se vão juntar para continuar a fazer esta festa. Devíamos fazê-la todos os anos, sempre por uma causa, pelas associações de Melgaço, para não estarmos sempre a depender dos subsídios do Estado. Podemos conseguir isso com uma festa solidária anual, a reverter para essas associações. Por que têm de ser sempre as associações a organizar? Somos nós, os privados, que o podemos fazer”, desafia.
No evento inaugural solidário, em prol dos Bombeiros de Melgaço, Filipe Vieira sublinha que é tempo de agradecer a quem corre por gosto em ajudar.
“Neste momento, as instalações dos nossos bombeiros precisam de obras. Isto poderá ser o início para que outras ajudas surjam e para que eles possam ter condições com a dignidade que merecem. Lembro que os Bombeiros são aquelas pessoas que correm, correm por gosto e prazer em ajudar a população”, reforça.