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Galiza: Menos mal que lhes ‘queda’ Portugal!
A dimensão dos países que compõem a Península Ibérica é francamente díspar, e se o confronto fosse territorial – e populacional, mas não será o determinante para o motivo em análise – Espanha ganharia com os seus 504 782 km², face aos singelos 92 149 km² de Portugal (e já a contar com as ilhas, para fazer mais número e aumentar o potencial).
Contudo, o aeroporto do Porto (Sá Carneiro) mereceu nota especial da Newsletter do jornal La Voz de Galicia pelo facto de bater o novo record de 15 milhões de passageiros/ano, o que significa, segundo o jornal “quinze vezes mais do que o Peinador”, o antigo aeroporto de Vigo. Certo que não será o principal aeroporto de Espanha, mas também o do Porto não será (até ver) o principal aeroporto de Portugal.
“Hace veinte años advirtieron que querían convertirse en el gran aeropuerto del noroeste peninsular. ¡Y vaya si lo han conseguido! La terminal portuguesa del Sá Carneiro acaba de batir su récord: 15 millones de pasajeros al año. Es decir, quince veces más que Peinador. Es lo que hay”, observa a resignada nota do jornal galego.
A notícia a que a Newsletter chama a atenção (que pode ler aqui, se for subscritor) diz que o aeroporto Francisco Sá Carneiro “deixou para trás os efeitos da pandemia, pulverizando o record de passageiros que estabeleceu em 2019, antes da explosão da COVId-19. Se então fechou o ano com 13,1 milhões de passageiros, no exercício recém terminado a terminal lusa superou os 15 milhões de usuários. são 2,4 milhões mais do que em 2022 e inclusivamente mais de 9 milhões que em 2021, quando a crise sanitária ainda tinha pleno impacto no sector aéreo”.
Curioso é que talvez uma parte dos viajantes que aterram no Porto queiram ir para a Galiza… a pé!
“Ao menos temos os peregrinos que fazem a viagem inversa. São os que fazem o Caminho Português de Santiago. Graças a essa rota, Tui afirma-se como o segundo lugar escolhido para ir a Compostela em busca de “la compostela” [o documento que certifica a realização do Caminho], destaca ainda o diário.
Viria o dia em que, de tanto esperarmos que o turismo espanhol (sobretudo galego) venha para a nossa região, em algum momento teríamos de mandar alguns para lá. E que as chegadas ao aeroporto do Porto sejam já mais do que uma vez e meia a população residente. Não ao mesmo tempo, que não seria saudável, mas a dar sinais de vida à economia e turismo do Norte do país.
