Autárquicas 2025: Manuel Fernandes conquistou AM pelo voto popular, mas maioria socialista poderá eleger outro presidente

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Os resultados das últimas Autárquicas foram inequívocos na vontade popular relativamente à liderança da AD – Coligação PSD/CDS-PP para a constituição do executivo municipal: 630 votos de vantagem atribuem o cargo de presidente a José Albano Domingues e lugar a mais dois vereadores. O Partido Socialista elegeu para dois lugares de vereação.

Na eleição para a Assembleia Municipal, o voto popular não é tão expressivo, mas dá ainda uma diferença de 401 votos para a AD, que se traduz na eleição de oito dos seus deputados municipais, enquanto o Partido Socialista elegeu sete.

Mas as contas para este órgão deliberativo não se restringem a estes números. O Partido Socialista conquistou nove das 13 Juntas e Uniões de Freguesia, o que, ao eleger estes representantes do povo nas suas comunidades, os torna elementos da Assembleia Municipal com poder de voto.

É nesta soma que a AD, mesmo com o conforto do voto popular manifestado no boletim a 12 de outubro, perde a maioria na votação para o presidente da Assembleia, a ter lugar na sessão de tomada de posse dos novos líderes.

Manuel Fernandes, o candidato da AD à Assembleia Municipal, esclarece que a decisão popular está agora nas mãos dos deputados, cujo resultado pode ditar a favor da maioria socialista, se esta apresentar outro nome e colher os votos da sua bancada.

“A ideia que sempre defendi nas minhas intervenções é que deveria haver um alinhamento de votação entre a Assembleia Municipal, a Câmara Municipal e as equipas das Juntas. Entendia, como entendo, que, ao protagonizarmos um modelo de desenvolvimento diferente para Melgaço, desejávamos que não houvesse areias na engrenagem nem forças de bloqueio. Portanto, deveremos ter uma Câmara Municipal que seja da AD, uma Assembleia que deverá ser também da AD e, na sua cúpula, um presidente da Assembleia igualmente da AD, em articulação com as Juntas de Freguesia. Mesmo colocando-se aqui este desafio maior, ganhámos na eleição dos deputados municipais, [8-7 em 15]. As Juntas e Uniões de Freguesia são 13 e nós só vencemos quatro [12 deputados da AD no total], quer dizer que a maioria está efetivamente do lado do Partido Socialista: com os sete eleitos diretamente, mais os nove das Freguesias e Uniões de Freguesias, [16 deputados do PS]. Estão em maioria”, explica.

O candidato eleito pelo povo tem a “expectativa” de que a maioria socialista na Assembleia saiba interpretar a vontade popular e garante que em nenhum momento uma presidência da AD será atropelo às pretensões das Juntas ou Uniões.

“A eleição do presidente da Assembleia faz-se em Assembleia Municipal. A expectativa que eu tenho é que, efetivamente, os presidentes de Junta sejam reais intérpretes da vontade popular. Não poderão esquecer que a AD ganhou para a Assembleia Municipal em oito Freguesias e Uniões de Freguesias. A população das suas Freguesias muitas vezes fez esta distinção: para a Junta de Freguesia votamos PS, para a Câmara Municipal e para a Assembleia Municipal votamos AD. Foi um voto muito esclarecido”, notou ainda o candidato.

A votação para aquele órgão autárquico decorrerá na sessão que terá lugar no próximo dia 25 de outubro, no ato de tomada de posse do novo executivo.

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