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A gerência do restaurante Miradouro do Castelo, em Castro Laboreiro, anunciou ontem, 16 de Outubro, a decisão de “não prosseguir com o protocolo existente com a entidade bancária” relativamente à caixa multibanco instalada no edifício daquele espaço desde 2017.
A decisão põe fim ao serviço de que assumiu despesas de instalação há sete anos, em parceria com a Caixa de Crédito Agrícola.
“Em 2017, iniciamos uma parceria com a Caixa de Crédito Agrícola para instalar o primeiro caixa automático (ATM/Multibanco) em Castro Laboreiro, reconhecendo a extrema necessidade local de facilitar acessos bancários em uma região que é um polo turístico relevante. A necessidade de percorrer 52 quilómetros para tais serviços básicos era, e continua a ser, uma realidade inaceitável para residentes e visitantes”, começou por indicar aquela gestão, notando que a instalação daquele ATM no edifício implicou custos de adaptação para a segurança do serviço.
“(…) Apesar da sua relevância, veio com desafios significativos. Além de disponibilizar o espaço sem custos, assumirmos todas as obras de adaptação, construção de infraestrutura de segurança (bunker) e os custos energéticos diários, impulsionado pela certeza de que a iniciativa melhoraria substancialmente a vida na nossa comunidade”, justificam os responsáveis.
O assalto na madrugada de 14 de Outubro, que causou “danos extensivos à infraestrutura que hospedava o mesmo” e que recairão financeiramente sobre os proprietários do edifício, acabaria por determinar a decisão de cessação da parceria.
“Diante dos prejuízos e das circunstâncias atuais, é com pesar que anuncio a decisão de não prosseguir com o protocolo existente com a entidade bancária. Não obstante, fiz saber a nossa posição à Caixa de Crédito Agrícola, à União de Freguesias de Castro Laboreiro e Lamas de Mouro e ao Município de Melgaço, esperando que possam, em colaboração, encontrar uma solução que garanta a continuidade do serviço de multibanco em um local adequado para todos”, acrescentam.
Contactada por este jornal, a autarquia indicou já ter iniciado conversações com a Caixa de Crédito Agrícola e com a União de Freguesias de Castro Laboreiro e Lamas de Mouro “no sentido de continuar a assegurar o serviço em Castro Laboreiro”.