MDOC 2024: Alvaredo é a freguesia em foco do projeto “Quem somos os que aqui estamos?”

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(…) em Alvaredo, a cultura, forma de vida, joga-se e trabalha-se. Assim a história se recria, mastiga e transforma. Está nestes campos de Alvarinho, que já foi milho, que já foram maçãs, que já foram milho também ainda antes, que são este movimento de um chão em convulsão. Aqui, canais velhos alimentam novos regadios; aqui estão o rio e a montanha…


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Alvaredo é a Freguesia do concelho de Melgaço sobre a qual incidiu a missão do projeto “Quem somos os que aqui estamos?”, inserido na programação do MDOC – Festival Internacional de Documentário de Melgaço, que decorre até ao próximo dia 4 de Agosto.

Depois de Castro Laboreiro e Lamas de Mouro, em 2023, em 2024 a equipa do projeto produzido pela associação AO NORTE – organizado por Álvaro Domingues e Daniel Maciel, orientação e acompanhamento científico de Albertino Gonçalves, produção executiva de Rui Ramos e colaboração de João Gigante – desceu à ribeira para criar espólio histórico da comunidade.

Do levantamento de histórias e imagens do baú dos habitantes de Alvaredo resulta o registo audiovisual, que pode ser visto amanhã (dia 2 de Agosto) pelas 22 horas, em sessão ao ar livre, no Largo da Capela de S. Brás (Alvaredo), onde será exibido o segmento “Fotografias faladas, com gente de Alvaredo”, que será antecedida pela exposição “Quem Somos os Que Aqui Estamos – Hoje e depois”, com curadoria de Daniel Maciel.

“Quem somos os que aqui estamos hoje e depois é uma exposição construída a partir de fotografias que são cedidas pelos habitantes da freguesia de Alvaredo. Partindo destas coleções domésticas, a curadoria foca-se no desenho de traços de mudanças entre o passado e o presente, procurando evidenciar tramas e moldes destas transformações marcados pela presença de gente ausente, por terrenos que se alteraram, e por vestígios de inércia histórica detetados na imagem”, descreve Daniel Maciel, no texto de apresentação da exposição a inaugurar amanhã (2 de Agosto) às 19 horas, na Sede da Associação A Batela, onde ficará patente até 15 de Setembro.

“(…) em Alvaredo, a cultura, forma de vida, joga-se e trabalha-se. Assim a história se recria, mastiga e transforma. Está nestes campos de Alvarinho, que já foi milho, que já foram maçãs, que já foram milho também ainda antes, que são este movimento de um chão em convulsão. Aqui, canais velhos alimentam novos regadios; aqui estão o rio e a montanha; encontram-se o sólido e o fluído”, identifica ainda o curador da exposição.

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