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Tem tudo para ser mítico. Não fossem os contratempos que parecem querer impedir o grupo de partir novamente à aventura, como há quase cinco anos, e até a meteorologia soprava a favor.
Em Junho de 2019, quatro amigos (Abel Marques, Michel Gonçalves, Alexandre Meleiro e Albino Palhares) partiram de Cevide em direção a Faro. A missão era fazer a EN 2, que atravessa o país, de moto.
Quase cinco anos depois, voltam à estrada para fazer outro trajeto de interesse turístico, novamente a partir de Cevide. Teria sido mais cedo se problemas de saúde não tivessem obrigado a um adiamento e reagendamento que impediu, nesta segunda data, um dos elementos do grupo de acompanhar os restantes.
Assim – e explicados os constrangimentos – amanhã (dia 7 de Junho), três melgacenses partem de Cevide para fazer a Rota Norte, a estrada que, ao longo de uns inesquecíveis 777 quilómetros (e este palíndromo também) atravessa o Norte do país, passando em quatro regiões: Minho, Trás-os-Montes, Douro e Porto.
Marco Neiva, natural de Barcelos, criador e embaixador do projecto da Rota Norte, começou a desenhá-la mais abaixo, mas o grupo de melgacenses quer começa-la precisamente onde começa Portugal, isto é, no marco Nº1.
Há passaporte em papel que, como explica o site da rota – www.rotanorte.pt – ao contrário de outros, em vez de carimbos utiliza selos culturais para validar a passagem dos viajantes pelos pontos de interesse.
Nem Melgaço nem Cevide estão previstos no guia da grande rota do Norte, nem a circularidade do trajeto idealizado por Marco Neiva tem selos culturais alusivos a este ponto de partida, mas numa breve pesquisa pelo site da Rota Norte verificamos que o mapa orientador da viagem linkado ali tem já um pin (ou marcador) em Cevide, como pode verificar na imagem abaixo.
Tal como há relativamente cinco anos, a chuva marcará parte da viagem. A partida, às 12 horas de sexta-feira, será de Verão, segundo algumas previsões, mas o sábado poderá exigir maiores cuidados. Nada a que os motards, num verdadeiro espírito Easy Rider [o filme de 1969, de Peter Fonda], não estejam habituados.