Publicidade
Melgaço em Festa 2023: Município ajustou programa e conseguiu trazer Toy, Cuca Roseta, Fernando Alvim e Wilson Honrado pelo preço de um concerto de Tony Carreira em 2022
Desde o fim do formato Festa da Cultura e ter assumido a programação das festas concelhias um pouco por todo o território melgacense sob o conceito Melgaço em Festa, o Município de Melgaço tem ajustado dias festivos, animação e até espaços de evento.
A celebração do Dia do Brandeiro, adicionado à programação em 2014, tem ganho expressão e iniciativas festivas e culturais em torno da homenagem aos pastores e à transumância.
Festa do Emigrante, com novo espaço de realização e data, remetendo-a para a primeira metade do mês de agosto, ganhou destaque com a atuação de Cláudia Martins & Minhotos Marotos ao fim da noite. Antes, ainda durante a tarde, passaram pelo palco instalado no Largo do Mercado Municipal os grupos folclóricos Danças e Tradições, de Castro Laboreiro; Grupo Folclórico Amizades do Alto Minho, de Messy (França) e o Grupo Etnográfico da Casa do Povo de Melgaço. A proposta para o jantar, Cachena no espeto, trouxe identidade regional ao encontro especial com a comunidade espalhada pela diáspora.
O Mercado Medieval, de 11 a 13 de agosto, vincou a identidade histórica das festas, ganhando este ano mais visitantes e participantes, especialmente pela integração da iniciativa do Cortejo Histórico, de que falamos neste jornal, em texto próprio.
“Teve uma procura enorme, com muita gente na rua, muita gente a comprar nas lojas de artesanato e nas nossas associações presentes”, notou o edil de Melgaço, Manoel Batista, que deixou um “agradecimento profundo às associações, que este ano aceitaram quase todas participar no nosso Mercado Medieval, com uma presença interessante, qualificada e julgo que com ganho para cada uma delas porque é assim mesmo, o negócio faz parte da vida e angariar fundos para o financiamento e funcionamento”, reforçou.
O desafio às que não estiveram para que nos próximos anos estejam.
De 11 a 13, o município apostou no espetáculo musical em palco, desde o popular ao mais erudito, se quisermos colocar o fado, enquanto património imaterial português, nesse contexto. Pelo palco do Largo do Mercado passaram Wilson Honrado (DJ), Toy, Fernando Alvim, e Cuca Roseta.
No centro da vila também houve momentos de espetáculo, remetendo-se para o Largo Hermenegildo Solheiro a atuação de Mike da Gaita e do espetáculo “O Mundo a Dançar” – Festival Internacional de Folclore, que este ano trouxe a Melgaço os grupos folclóricos da Argentina, Equador, Geórgia e Taiti.
Sobre o “palco de costas voltadas” para a Alameda Inês Negra, instalado no Largo do Mercado Municipal, a autarquia admite a intencionalidade na disposição da área de concertos por uma questão de “sectorização” da oferta programática.
“O que pretendemos foi setorizar a oferta. Uma era o Mercado Medieval, que decorria na zona da Alameda, e depois tínhamos uma oferta de concertos e DJs à noite. A ideia foi não misturar tudo, foi convidar as pessoas a estarem no espetáculo e não estarem dissolvidas no espaço”, explicou Manoel Batista.
“Tivemos uma plateia muito simpática no concerto da Cláudia Martins & Minhotos Marotos, na noite do Toy e Fernando Alvim esteve uma multidão muito boa e na noite da Cuca Roseta, um excelente concerto, juntou uma multidão extraordinária, até a mim surpreendeu, funcionou muitíssimo bem e foi notório o publico galego presente”, considerou ainda.
Ainda sem contas do Melgaço em Festa 2023 fechadas, Manoel Batista garante que a despesa deste ano foi “muito similar” à de 2022, no qual a autarquia apostou no concerto de Tony Carreira, com cobrança de bilhetes.