Começa hoje ‘o pai’ dos festivais em Portugal. Vilar de Mouros em contagem decrescente

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Os grandes écrans do palco principal, em contagem decrescente, preparam-se para quatro dias de calor, música, pó e lama, cheiro a álcool, fast-food e a neblina húmida, matéria prima do festival minhoto que tem continuado a lutar para trazer o melhor som das nossas vidas. É uma verdadeira playlist do Spotify [ou do TIDAL para os mais puristas da música] em todas as dimensões e com a qualidade de som que cada banda quer.


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Há 52 anos, Elton John foi a figura ‘exótica’ do festival que se viu e desunhou para corresponder às exigências do artista. António Barge, mentor do festival a que se presta homenagem a cada ano, queria colocar Vilar de Mouros no mapa, mas foi uma verdadeira luta. Desde essa primeira edição.

Decidido a fazer cumprir as exigências do contrato, Elton John terá interpelado António Barge a propósito do transporte de luxo para o festival. Obrigado a corresponder, o fundador do festival de ‘música moderna’ agarrou na solução possível em tempo útil: Colocar Júlio Isidro (sim, o mítico apresentador da RTP) de “motorista” do cantor de “Nikita”, e Rocket Man”, já agora, levando-o num (hoje clássico) Fiat Giannini 128, como recorda o jornal Observador, em peça comemorativa dos 50 anos do festival, de 2021.

“Enquanto o apresentador da RTP dá boleia ao “maior nome da música anglo-americana neste início da década de 70”, a PIDE segue no encalço e anota qualquer suspeita: “Um dos cantores, Elton John, causou desde o começo má impressão, com os seus modos soberbos e as suas exigências: carro de luxo para as deslocações, quartos de luxo para os acompanhantes e guarda-costas, etc”, lê-se na peça, que recorda esta e muitas outras histórias e pode ler AQUI.

Em 2023, o CA Vilar de Mouros é uma verdadeira playlist para graúdos que cresceram com verdadeiras bandas sonoras de uma vida e jovens entusiastas da boa música. Veja o dia de hoje (23 de Agosto):

A animação dos quatro dias de festival já não surpreende a comunidade de Vilar de Mouros, os grandes ecrãs do palco principal, em contagem decrescente, preparam-se para quatro dias de calor, música, pó e lama, cheiro a álcool, fast-food e a neblina húmida, matéria prima do festival minhoto que tem continuado a lutar para trazer o melhor som das nossas vidas. É uma verdadeira playlist do Spotify [ou do TIDAL para os mais puristas da música] em todas as dimensões e com a qualidade de som que cada banda quer.

Para os melgacenses que têm Caminha como sua segunda casa, estância termal e terra privilegiada para “ir a banhos”, Vilar de Mouros é a dois passos do mar, tem um rio que convida a refrescar a vontade de ser a casa do som de quem não vive sem música.

Horários das atuações para os quatro dias:

23 de agosto
00h00 – Xutos & Pontapés
22h30 – Limp Bizkit
21h00 – Enter Shikari
19h35 – The Last Internationale
18h45 – Micomaníacos

24 de agosto
00h30 – The Bloody Beetroots
22h45 – The Prodigy
21h00 – Millencolin
19h30 – Nowhere To Be Found

25 de agosto
00h15 – Pendulum
22h15 – Within Temptation
20h45 – Apocalyptica
19h15 – Bizarra Locomotiva

26 de agosto
00h45 – Ornatos Violeta
22h45 – James
21h00 – Guano Apes
19h30 – Peaches

Toda a informação por dias em https://www.festivalvilardemouros.pt/

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