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Zona Empresarial de Alvaredo: Autarquia quer inaugurar parque empresarial de Nova Geração em Agosto
Produção de hidrogénio verde coloca município “um passo à frente” nas tecnologias de futuro
O acto inaugural depende de vários fatores, nomeadamente da disponibilidade dos membros do Governo a convidar para o momento, mas o edil de Melgaço, Manoel Batista, garante que em Agosto já haverá condições para que a primeira fase da Zona Empresarial de Alvaredo possa ser oficialmente apresentada e pronta a receber a primeira remessa de empresas.
“A primeira fase de pavimentação está feita. Falta agora fazer a segunda fase de pavimentação, e as condições climatéricas tem sido ótimas para que isso aconteça, e está praticamente pronta”, nota Manoel Batista, ressalvando para o “maior desafio” que será povoar o novo parque.
“Depois de inaugurar, outros maiores desafios se levantam, que é povoá-la. Levamos à próxima Assembleia Municipal o regulamento das zonas empresariais. Estamos a tratar de outros formalismos, como o registo do loteamento, para que possamos de imediato lançar o concurso e as empresas possam começar a instalar”.
Produção de hidrogénio verde, uma tecnologia para “preparar o futuro” onde os carros emitem água
Um dos atrativos da Zona Empresarial local estará relacionada com a capacidade de produzir hidrogénio verde em grande escala, de forma a poder abastecer as empresas locais, integrar rede de gás ou abastecer os carros do futuro. Marcas como a nipónica Toyota e a sul-coreana Hyundai já tem à venda modelos que carregam hidrogénio, nos modelos Mirai e Nexo, respetivamente, com autonomias por carregamento (depósito) na ordem dos 600 quilómetros.
“Estamos a falar de produção energética maciça para poder abastecer as empresas a preços mais reduzidos que os do mercado, e na possibilidade de produção de hidrogénio verde que todos sabemos que será o futuro do ponto de vista energético para a locomoção. Hoje, o hidrogénio verde é considerado o combustível de futuro para o shipping (o transporte marítimo), para o transporte pesado de passageiros ou mercadorias e porventura o combustível de futuro para os nossos automóveis”, atenta o edil de Melgaço.
Para Manoel Batista, com este arranque, “Melgaço será absolutamente pioneiro” no combustível do futuro.
Com olhos postos no futuro, mas avaliando a aplicação imediata da produção no mercado, o autarca diz que é possível “produzir e vender hidrogénio para ser introduzido na rede de gás natural”.
“Outro compromisso será instalarmos postos de abastecimento de hidrogénio verde para veículos. Se as empresas começarem a apostar no hidrogénio verde poderão, na zona industrial, fazer abastecimento com hidrogénio”, indica.
Fica também a vantagem para que as empresas a instalar “possam ver nesta produção outras oportunidades”, que serão também acompanhadas pela autarquia no que respeita à renovação da frota automóvel do município. Com dois veículos elétricos a funcionar no transporte de passageiros desde 2017, a transição para as energias menos poluentes tem sido feita com atenção às características do território e a autonomia que as baterias atualmente permitem.
“Funcionam bem no trabalho no município, mas não os utilizamos para grandes viagens, porque a questão da autonomia coloca-se. Por isso, temos estado a fazer a renovação de ligeiros com o híbrido. O hidrogénio tem a vantagem da autonomia, porque funciona um pouco como um carro a gasolina ou a diesel, há um posto de abastecimento. Havendo uma aposta no hidrogénio e postos de abastecimento de hidrogénio, é natural que a frota venha a evoluir nesse sentido”.
Acerca das empresas de grande e média dimensão que durante o ano passado terão manifestado interesse em instalar-se, Manoel Batista não quer comprometer nomes, preferindo deixar ‘correr’ o concurso, com ligeira vantagem para os que se manifestaram primeiro.
“Temos um concurso pela frente e temos de o respeitar. Há intenções de investimento que acolhemos durante o último ano e meio e o regulamento prevê uma majoração de dez por cento para as empresas que manifestaram essa intenção, mas é um concurso, com os critérios criados e estabelecidos no regulamento. Veremos agora a dinâmica que o concurso vai ter quando o lançarmos., num futuro próximo”, rematou.