Ansioso por ‘vinho novo’? A marca Soalheiro também não aguentou esperar mais e já lançou o Soalheiro Clássico de 2024

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De 2024, a família Soalheiro traz a certificação atribuída pelo Referencial Nacional de Sustentabilidade e as primeiras impressões de que a colheita terá sido uma “das mais entusiasmantes dos últimos anos”.

O Soalheiro Clássico nasceu em 1982 e é o grande símbolo da primeira marca de Alvarinho em Melgaço, pelo seu perfil intemporal com sabor intenso, frescura aromática e notável capacidade de envelhecimento em garrafa.

A colheita 2024 é mais um capítulo desta história que se renova a cada vindima e é fruto de um ciclo que se equilibrou – o outono e o inverno foram bastante chuvosos, já agosto foi o mais seco dos últimos cinco anos. Como é habitual em Monção e Melgaço, neste microclima particular dentro da região dos Vinhos Verdes, a maturação beneficiou de amplitudes térmicas notáveis (em agosto a amplitude térmica média diária foi de 14.8 ºC) e deu origem a vinhos que surpreenderam, como indica a enóloga do Soalheiro, Asun Carballo.

Surpreendeu-nos com vinhos de uma qualidade excecional. A maturação das uvas foi lenta e equilibrada, resultando em vinhos com energia e frescor, que se caraterizam pela pureza e elegância, pelo perfil aromático intenso e complexo, por uma acidez viva e refrescante que lhes confere uma grande persistência no paladar. É uma das colheitas mais entusiasmantes dos últimos anos”.

O Clube de Viticultores do Soalheiro junta hoje cerca de 200 famílias, o que equivale a muitas mais parcelas de Alvarinho com história e características únicas (idade das videiras, altitude, tipo de solo, exposição solar, etc.), tornando as vindimas do Soalheiro num processo complexo – partindo de centenas de controlos de maturação, faz-se uma marcação de vindimas diferenciada, respeitando a diversidade das vinhas e encaminhando-as para vinificações e recipientes distintos, para que na adega se cumpra o propósito de criar vinhos que reflitam a diversidade do território de forma cada vez mais precisa. Um trabalho minucioso, porque mesmo quando se restringe o foco apenas às vinhas do vale, de onde provêm as uvas para o Soalheiro Clássico, a diversidade é muita e vista como uma mais-valia:

“Cada parcela foi protagonista desta colheita extraordinária. As mais frescas ofereceram uvas com uma acidez marcante e notas cítricas vibrantes, enquanto as parcelas mais expostas ao sol trouxeram corpo e estrutura. Para mim, este é um ano inesquecível, pela complexidade aromática, pela pureza e precisão, pelo potencial de envelhecimento em garrafa que promete atravessar gerações.”

A primeira certificação de sustentabilidade vitivinícola em Monção e Melgaço

Em Dezembro de 2024 o Soalheiro tornou-se a primeira marca em Monção e Melgaço a ser certificada pelo Referencial Nacional de Sustentabilidade, a mais importante certificação nacional no setor vitivinícola.

Maria João Cerdeira, gestora do Soalheiro, nota que este é o reconhecimento de um trabalho que começou na vinha e na garagem da família e se foi alargando a muitas outras famílias.

“A estratégia de sustentabilidade do Soalheiro existe desde sempre, muito antes da palavra estar em voga. O envolvimento com a comunidade faz parte da nossa identidade, assim como a vontade de proteger e valorizar a singularidade deste território de que não queremos sair. Esta certificação deixa-nos muito orgulhosos por ser o reconhecimento do trabalho de muita gente, da paixão e vontade de inovar da nossa equipa, da dedicação e saber do Clube de Viticultores, do trabalho da família Soalheiro”.

Maria João Cerdeira

Tendo como mote a valorização da viticultura familiar do Alvarinho em Monção e Melgaço, que neste território de minifúndio é para muitas famílias um rendimento complementar que ajuda a criar alternativas à litoralização e emigração, a estratégia de sustentabilidade do Soalheiro tem dado origem a vários projetos nos últimos anos. Dando como exemplo a diminuição de peso nas embalagens em que a marca foi pioneira no território em 2020, tendo desde aí reduzido em mais de 19% o vidro utilizado nas garrafas e em mais de 39% o cartão utilizado nas caixas, Maria João Cerdeira descreve o olhar da equipa para a sustentabilidade como um círculo virtuoso:

“A redução de peso nas garrafas e caixas que temos levado a cabo ao longo dos últimos anos, além da redução no uso de vidro e cartão, assim como das emissões no transporte, tem um impacto económico direto que integramos na cadeia de valor, contribuindo, por exemplo, para a valorização da uva Alvarinho junto das mais de 200 famílias do Clube de Viticultores, que neste período foi de 30%, sendo para nós um exemplo de como pensarmos o conceito de sustentabilidade de forma circular pode trazer benefícios vários à família Soalheiro, ao território e ao planeta.”

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