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Empreendimento S. Lourenço: o novo ‘boom’ habitacional que põe Melgaço no radar dos americanos… e dos investidores de Monção
Há cerca de três anos que Armando Faria, proprietário da empresa melgacense de restauros INOUT, acalentava a ideia de apostar em grande no mercado imobiliário. Afinal, há mais de vinte anos que não havia renovação do parque habitacional em média ou grande escala.
O outdoor à entrada da vila de Melgaço anunciava um empreendimento que recolocaria Melgaço no mapa da reabilitação urbana e na corrida do mercado imobiliário. E cumpriu, com indicadores que surpreenderam até o próprio promotor.
A aposta – para o histórico do concelho – era ambiciosa. O edifício proposto por Armando Faria, o Empreendimento S. Lourenço, é composto por 45 apartamentos e três lojas, uma delas de grande dimensão (cerca de 1000 metros quadrados, entre loja e armazém), com a seguinte distribuição e tipologias: 23 T1, 18 T2 e 4 T3, todos com lugares de garagem.

“Trabalho em Melgaço há 40 anos, houve uma altura que foi o boom da construção, depois isto ficou adormecido. Achei que era o momento certo, porque há mais de 20 anos que não se faz uma construção nova, e com a Escola Superior de Desporto e Lazer [do IPVC] há falta de alojamento. O conceito disto é fazer algo de raiz, apostar numa localização muito boa e fazer qualquer coisa inovadora”.
(…)
A confirmação da construção de uma grande superfície comercial da insígnia Continente (grupo Sonae) acabou por influenciar até a configuração de uma das lojas do rés-do-chão do edifício, reforçando ainda mais a centralidade pretendida.

“Comprei o terreno, porque acho que está muito bem localizado. Estamos perto da escola e do centro da Vila. Falava-se que vinha o Continente e, efetivamente, fizeram-se as escrituras dos terrenos. Tive um negócio que alterei, um comércio no rés-do-chão. Alterei o projeto, porque tinha apartamentos. Houve um chinês que quis tudo para loja, mas ficou condicionado, só avançava [o negócio] se o Continente viesse. Fizemos o negócio, pagaram a alteração ao projeto e caso o Continente não viesse, ele podia desistir do negócio, mas perdia o dinheiro da alteração do projeto”, confidencia.
Contudo, é na corrida aos apartamentos que a surpresa foi maior. Armando Faria dizia, em meados de maio, já ter cerca de 70% das unidades vendidas, com clientes dos Estados Unidos da América (EUA) e de Monção a liderar as aquisições.
“Surpreendeu-me muito. Quando abracei este projeto, pensei que havia lugar para ele com gente de Melgaço, porque ainda há gente com dinheiro, e agora com os sistemas de teletrabalho, há muita gente que já pode trabalhar desde casa e ter mais qualidade de vida. Apanhei alguma dessa geração, mas um ou dois. O forte dos investidores são americanos, e gente de Monção. Um dos compradores de Monção, só ele, comprou-me quatro apartamentos. Outro comprou três, mas depois diluiu por colegas (…)”.
Leia o texto na íntegra na edição impressa de 01 de junho do jornal "A Voz de Melgaço".