Abertura do Hipermercado Coca em Melgaço agitou comércio local e dinâmica popular em pleno Verão

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Foi com pompa e a circunstância que se impunha que, no dia anterior à abertura ao público em geral, a unidade de Melgaço dos Hipermercados Coca se mostrou aos representantes das entidades locais e regionais, com presença dos autarcas de Melgaço e Monção, executivo municipal, presidentes de Junta, funcionários e outros intervenientes do projecto.

A expectativa popular levou a que muitos curiosos, tendo visto movimento em frente ao hipermercado a estrear, tentassem a sorte de serem os primeiros a visitar o novo espaço comercial de Melgaço. Só aconteceria no dia seguinte, a 14 de Agosto, a meio da época de maior consumo nos concelhos do Norte, mas para que o grande acontecimento do concelho cumprisse as expectativas, João Vale, sócio-gerente do grupo, confessa que foi “uma luta” iniciada há mais de dois anos.

João Vale é a cara que muitos melgacenses conhecerão na praça local, por ter raízes em Melgaço e morar no concelho há mais de uma década, e que sentia que faltava esta “dinâmica” geradora de movimento comercial.

“Sentimos que, com esta abertura, Melgaço também vai sair beneficiado pela atração de pessoas de outras zonas. É uma unidade de média dimensão, somos independentes, não estamos ligados a nenhuma insígnia, a nenhuma cadeia de grande distribuição, enquadramo-nos no mercado tradicional, fugimos um bocado da linha da distribuição moderna, como é conhecida nesta área de negócio”, começa por explicar João Vale, no dia de pré-abertura ao público.

Uma das vantagens da proximidade comercial ao território é a presença de um grande número de marcas locais, sobretudo nos vinhos, com associação de novos parceiros – Valados de Melgaço, Encosta da Capela. Dona Paterna, Terras de Real, entre outras – e manifestam disponibilidade “para colocar novas marcas”.
Noutro género de produtos de produção local, a garantia nesta fase da abertura é a abertura, nas frutas, aos morangos de Melgaço (Morangaço), nos lacticínios, aos queijos (Prados de Melgaço) e nas carnes, à da Aveleira (BoviBio).

Para os primeiros passos desta aventura “a expectativa é grande”, assume o sócio-gerente, alentado pelos “inúmeros contactos de potenciais clientes” que, face a alguma demora às datas inicialmente previstas para a abertura, o abordavam “na loja de Monção, por telefone e através das redes sociais, a perguntar quando abria a loja”, confessa.

Quando a data de Agosto se foi tornando uma certeza, “alguns clientes daqui de Melgaço que iam a Monção, despediram-se, a dizer que já não iam mais lá! Acho que aqui [em Melgaço] vai ser uma mais-valia, porque alguns clientes comentavam que iam de propósito ao Coca, mas, entretanto, acabavam por ir também às outras grandes superfícies… E lá só iam uma vez de 15 em 15 dias, aqui poderão vir mais vezes”, reforçou.

E se o ânimo por parte dos clientes beneficiou o concelho (uma vez que é receita fiscal gerada em Melgaço) também o mercado de emprego teve aqui um pequeno fôlego. Para abrir portas e garantir o bom funcionamento dos serviços mínimos, a nova unidade comercial gerou 30 postos de trabalho, “a grande parte de Melgaço”.

“80% são do concelho de Melgaço. Uns estavam desempregados, outros transitaram. Temos pessoas que acreditam em nós, porque algumas tinham contratos de trabalho e despediram-se precisamente para vir trabalhar connosco”, observou João Vale.

Também foi considerada a integração da comunidade imigrante a viver no concelho, com trabalhadores provenientes da Venezuela, Brasil e Espanha, em alguns casos a residir no concelho há algum tempo.

A “aventura” do investimento manteve-se dentro das expectativas iniciais: 2,5 milhões de euros, calculados quando “os custos da construção aumentaram”. “Tivemos dificuldades em avançar com a obra. Poderíamos ter avançado um ano antes, mas tivemos dificuldades em arranjar empreiteiro”, explica o empresário.

O novo, amplo e iluminado espaço comercial insere-se numa área de implantação de 6 mil metros quadrados, que permitem, além do conforto à circulação dos clientes, 80 lugares de parque de estacionamento automóvel. Além destes, os incentivos estão em cartão. De fidelidade, não há ali promoções ‘loucas’.

“Temos um cartão de fidelização de cliente há alguns anos. Dá direito a um plafond, que pode ser descontado numa compra seguinte.  A nossa política de preços é tentar mantê-los estabilizados durante o ano. Vamos fazendo algumas promoções, mas não seguimos a linha da distribuição moderna, que põe os preços elevados e depois fazem 50% de desconto”, atirou.

O horário de Verão é das 8h30 da manhã às 20h30 da noite, o que permite um período alargado para que possa comprar com tranquilidade, depois da avalanche digna de Black Friday que assolou aquele mercado no dia da abertura ao publico, a 14 de Agosto, ao esgotar alguns produtos.

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