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Imagem: DR [Sonae MC
Em finais de junho de 2023, o jornal “A Voz de Melgaço” levantou o véu sobre dois investimentos de dois retalhistas de média e grande dimensão no concelho de Melgaço – conforme pode ler aqui –, a saber: Hipermercados Coca e Continente.
O investimento da empresa sediada em Monção deu forma à sua obra, inaugurada em agosto de 2024, contudo, o arranque da obra da retalhista do Grupo Sonae continuou a ser rumor das conversas de café. Até agora.
A autarquia confirma, um dia após a formalização das escrituras dos terrenos – uma área total de cerca de 6000 metros quadrados, com área de implantação da unidade comercial de cerca de 3000 metros quadrados – que o ansiado investimento à entrada do concelho vai mesmo concretizar-se “a breve trecho”.
“Ontem [15 de maio] foram feitas as escrituras da totalidade dos terrenos, portanto, já estão na posse do investidor. O projeto de construção está aprovado e licenciado pela Câmara Municipal, já tinha aprovação anterior, quando o outro investidor estava interessado em fazer a construção. Está aprovado em arquitetura e especialidades e tem condições para arrancar a breve trecho. Estamos a acompanhar este processo todo, a ajudar o empreiteiro a encontrar soluções para poder arrancar com a obra, nomeadamente no movimento de terras, com privados e até mesmo com soluções públicas, que permitam resolver isso para que brevemente o Continente seja uma realidade”, revela o presidente da Câmara Municipal de Melgaço, Manoel Batista, que aponta, embora sem confirmação formal por parte do empreiteiro, a previsão de início da obra para dentro de duas semanas.
O local escolhido continua a ser, por isso, o mesmo, em parcelas de terreno junto à Variante à EN 202, perto da rotunda de acesso à vila de Melgaço, Prado e à fronteira de São Gregório, conforme mapa de local que este jornal partilhou em 2023.
“É uma boa notícia que é uma desilusão para aqueles que, há uns anos, diziam que havia um projeto para o [Hipermercado] Coca, mas não ia acontecer porque a Câmara não deixava. Afinal, aconteceu e foi inaugurado em agosto do ano passado. Há um projeto para o Continente, não vai acontecer porque a Câmara não está a facilitar. Afinal, até estamos do lado da solução e as coisas estão a andar”, atirou o edil de Melgaço, congratulando os investidores que têm trazido nova dinâmica ao centro urbano da vila.
Manoel Batista esclarece que, em momento algum, as dificuldades do primeiro investidor – que abandonou o projeto um ano e meio depois do início do processo – se prenderam com questões burocráticas de licenciamento ou burocracias das entidades envolvidas.
“A primeira abordagem foi feita por um investidor, que acompanhámos de imediato e criámos todas as condições para que o projeto fosse viabilizado, por nós e pelas entidades que têm de dar parecer, nomeadamente a Infraestruturas de Portugal (IP) [que tem de dar parecer pela proximidade e necessidade de acessos à infraestrutura rodoviária]. Chegámos a ter reuniões com o investidor na IP para que a questão fosse resolvida. A verdade é que o investidor, ao fim de um ano e meio, demonstrou não ter condições financeiras para avançar com o investimento. Um outro investidor, que também trabalha para a Sonae há muitos anos, agarrou no investimento e tem condições para avançar com o projeto de forma rápida”, explicou ainda o autarca.
Em momento algum teve a ver com burocracia? “Nada, nunca”, contrapõe Manoel Batista. “Aliás, o que os investidores poderão dizer da nossa parte é que tivemos a colaboração mais ativa possível para que o projeto se desenvolvesse”, sublinha.