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Proprietários de terrenos em Penso e Roussas já podem associar-se ao projeto de reflorestação da ANTARR
A ANTARR – Sustainable Productive Forest, S.A., consórcio entre a Efanor Investimentos-SGPS (do grupo Sonae) e a Fundação Calouste Gulbenkian, tem conversações em curso para protocolar a área de baldios elegíveis, com vista à reflorestação, no concelho de Melgaço, mas a proposta poderá alargar-se também aos privados.
Desta forma, o projeto da empresa de investimento em Floresta Produtiva Biodiversa, “que pretende criar valor ambiental, social e económico, através da revalorização de Capital Natural”, atualmente a dialogar com as entidades gestoras dos baldios das várias Freguesias do concelho, estenderá o protocolo aos particulares para que os proprietários de terrenos confinantes com as manchas a reflorestar possam também estabelecer protocolos de forma a entregar a gestão e florestação da sua parcela à ANTARR, tendo como compensação uma renda a acordar entre as partes.
Note-se que a empresa tem já estabelecidos contratos com os baldios de Roussas e Penso, mas há ainda uma série de procedimentos legais para que a intervenção efetiva no terreno se verifique, como explica a ANTARR a este jornal.
Quanto aos particulares de terrenos que se enquadrem e (para já) na área das freguesias já protocoladas, poderão manifestar desde já interesse.
“O Projeto ANTARR ambiciona estender as suas propostas de gestão também aos proprietários privados com áreas florestais adjacentes às áreas geridas pela ANTARR. Para os proprietários florestais com terrenos confinantes aos Baldios de Penso e Roussas, é possível manifestar interesse em serem contactados através do nosso site, antarr.pt”.
ANTARR
Até ao momento, o projeto do consórcio Efanor Investimentos-SGPS-Fundação Calouste Gulbenkian tem já contratualizados mais de 500 hectares de área florestável no concelho, se somados os baldios concessionados das Freguesias de Penso e Roussas (Penso – 284 hectares (aprox.); Roussas – 254 hectares), que renderão a cada uma das autarquias locais uma renda superior a cinco mil euros/ano, mais benefícios de controlo florestal das áreas produtivas, proteção da floresta autóctone, recuperação de galerias ripícolas e melhoria de acessos, estradões florestais ou outros, nas manchas florestais a intervir.
No global, o projeto tem como objetivo florestar, nos próximos anos, uma área de 15 mil hectares, a partir do arrendamento de terrenos no Norte e Centro do país, com um investimento previsto de cerca de 31 milhões de euros, partilhado em partes iguais pelos parceiros.
ANTARR:
“A crescente desertificação das zonas rurais e o fenómeno dos incêndios que todos os anos afetam Portugal, contribuem para a degradação da paisagem rural e dos seus ecossistemas. Motivados para encontrar uma solução a longo prazo para este flagelo, criamos a Antarr. A sua missão, passa por desenvolver um projeto de floresta produtiva biodiversa, recuperando os ecossistemas e revalorizando o Capital Natural. A Antarr, presente no concelho de Melgaço, está empenhada em estabelecer parcerias que promovam a gestão sustentável das áreas florestais, garantindo uma gestão profissional de referência, apoiados em parceiros de referência com know how especializado na atividade, e nas fortes ligações com a comunidade científica e tecnológica do sector que garantem o nosso fator diferenciador. Queremos investir na gestão florestal, através de uma gestão ativa e duradoura, assegurando o acompanhamento e recuperação dos ecossistemas, garantindo o restabelecimento do seu potencial produtivo”.