Continente: Um “Bom Dia” para Melgaço. Nem a depressão Cláudia esmoreceu a “ansiedade positiva” de quem fez direta para ser o primeiro a chegar

A “ansiedade positiva” em torno da abertura da loja Continente Bom Dia Melgaço estende-se ao longo do fim de semana de 15 e 16 de novembro, durante o qual a nova superfície comercial está a oferecer 10% de desconto em Cartão Continente em toda a loja, acumulável com as promoções em vigor.

A abertura oficial decorreu no dia 13 de novembro, a partir das 8 horas da manhã, mas nem a chuva copiosa que se fez sentir, em consequência do fenómeno meteorológico da depressão Cláudia, que assolou o país e a região nos últimos dias, demoveu mais de uma centena de clientes madrugadores que, a partir das 3h30 desse dia, esperaram nas imediações pelo abrir de portas.

Havia cabazes – uma seleção de produtos, desde bolachas, azeite, sumos ou detergentes – para os primeiros 150 clientes a efetuar uma compra de valor igual ou superior a 40 euros. Nas primeiras horas da manhã, escoaram-se as ofertas, mantendo-se apenas os 10% em cartão, que se prolongam até amanhã, em jeito de brinde inaugural.

A nova loja, que veio ‘abanar’ a praça comercial melgacense, dispõe de cerca de 1000 metros quadrados de área de vendas, com serviço de Padaria e Pastelaria, Charcutaria e Talho de livre serviço, Peixaria com atendimento e zona de Bazarão.

Criou ainda 21 novos postos de trabalho, que contribuem para o dinamismo económico local e para o fortalecimento do tecido social. Está equipada com soluções de eficiência energética, dispõe de quatro carregadores elétricos Plug&Charge e iluminação 100% LED de baixo consumo.

Também as instituições locais serão beneficiadas por esta nova unidade comercial, através da Missão Continente, que ofereceu carrinhos de compras recheados de bens essenciais às instituições apadrinhadas, nomeadamente a Delegação de Melgaço da APPACDM, a Santa Casa da Misericórdia de Melgaço e a associação protetora de animais abandonados Rafeiros e Companhia. Estas instituições vão ser permanentemente apoiadas através dos excedentes alimentares diários da loja Continente Bom Dia Melgaço.

Em declarações aos jornalistas, Miguel Reis, Diretor de Loja do Continente Bom Dia Melgaço, manifestou-se impressionado e agradado pela enchente matutina que quis estar entre os primeiros a formar o passo inaugural na nova superfície.

“A grande adesão da população deixa-nos completamente felizes; significa que estamos a fazer um bom trabalho e o que nós pretendemos é isto mesmo: chegar próximo dos nossos clientes, trazer o Continente para perto de toda a gente”, sublinhou.

Destaca a qualidade do talho de livre serviço, a padaria diversificada, o serviço de refeições rápidas, prontas a servir, e um foco especial na peixaria como garantias para que o cliente possa “sair satisfeito”.

Miguel Reis nota ainda a importância de um pólo gerador de empregos, numa região “onde faz falta emprego e onde faz falta esta proximidade das outras ofertas de produtos e serviços, e acho que é isso que nós estamos cá a fazer”.

“À medida que eu passava no meio do município ou falava com colegas com quem nós trabalhámos, das juntas de freguesia, as pessoas estavam mesmo animadas e a perguntar constantemente quando é que abria. Havia uma ansiedade positiva, porque além de fixar pessoas com estes 21 postos de trabalho — e são famílias que estão a ser sustentadas — temos várias valências, uma oferta diferente, para que a população não precise de se deslocar”.

Também os produtos locais, desde os queijos Prados de Melgaço aos vinhos das Quintas de Melgaço, terão um lugar visível entre os produtos da gigante do retalho nacional.

“Tentámos o máximo possível e foi mesmo uma das nossas prioridades, porque sentimos que temos de ajudar localmente, chegar às produções locais e promover também o que a região tem de melhor”, frisou o Diretor de Loja.

José Albano Domingues, presidente da Câmara Municipal de Melgaço, destacou a dinâmica promovida pela iniciativa privada no concelho e a diversificação da oferta para o consumidor local.

“É importante que a concorrência funcione e os melgacenses tenham a possibilidade de escolher a unidade comercial. Estamos a falar também de criação de postos de trabalho. Seguramente, este investimento vai trazer mais dinâmica a nível comercial, mais oportunidades ao concelho. Esperemos que, atrás desta implantação, venham outras lojas que normalmente estão associadas também à marca Continente e possam proporcionar uma oferta alternativa”.

Questionado sobre eventuais perdas do comércio local da área do retalho anteriormente instalada no concelho, José Albano Domingues esclarece que a “discussão antiga” não pode ‘combater’ o “princípio da iniciativa privada e da livre concorrência”.

Além disso, a “proximidade” e o princípio do “atendimento personalizado” de um comércio centrado na “pessoa”, apanágio das pequenas lojas já instaladas no centro da vila, irão manter-se pelo seu registo conquistado ao longo dos anos.

“Creio que não há aqui um risco de provocar o encerramento dos pequenos comércios que hoje vão continuar a existir em Melgaço, como noutros concelhos por esse país fora. O que eu gostaria era que aumentasse a oferta de artigos, de outra natureza. Nós sabemos que associados à marca e às superfícies comerciais Continente temos marcas como a Modalfa e a Worten, e creio que há margem também aqui para crescer, e eu gostaria que isso acontecesse”, reforçou.

Estacionamento na vila e acessos ao novo Continente: “Acesso poderia ter sido ponderado”

José Albano Domingues reconhece que as condicionantes de estacionamento no centro urbano da Vila de Melgaço existem, apesar das alternativas nas imediações do comércio aí centralizado, muito embora consequência do aumento do parque automóvel por agregado, o que será um desafio para os próximos tempos.

As superfícies comerciais como a agora instalada, com parque próprio – o Continente Bom Dia Melgaço tem 85 lugares de estacionamento, incluindo quatro para mobilidade reduzida – têm, segundo o autarca, “um plus, que é a comodidade, independentemente da questão do preço, para que as pessoas possam chegar cá, estacionar tranquilamente, porque hoje em dia somos muito comodistas”, notou.

“Poderia ter sido ponderada a questão do acesso. Estamos aqui a construir alguns empreendimentos; a via, que é uma antiga Estrada Nacional, agora municipal, não cresceu. Não há vias de acesso privadas. Acredito que vá haver alguns constrangimentos em termos de tráfego. Os acessos estão construídos; temos de ver, se de facto esses constrangimentos a nível de trânsito existirem em grande escala, teremos de arranjar alternativas para resolver a entrada”, perspetivou.