13 de Maio: Maria do Rosário nasceu há 105 anos. É três anos mais nova que o milagre de Fátima

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Apoiada por uma muleta, que lhe traz alívio a uma perna mais ‘preguiçosa’, ainda hoje faz a sua vida normal, pelo que é muito provável que, quem circule diariamente pelos concelhos minhotos, se cruze com aquela que certamente segurará o título entre as centenárias com mais idade do Alto Minho, seja num supermercado ou numa ida ao médico, em Valença ou em Cerveira. E sempre pronta para dois dedos de conversa.


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Estivemos à conversa com Maria do Rosário Passos, nascida a 13 de maio de 1920, na freguesia da Anunciada, perto de “uma das praias mais bonitas de Portugal” — o Portinho da Arrábida (Setúbal) — e atualmente a viver na sua casa, em Penso, terra do marido, com quem viveu 53 anos.

Hoje, já viúva, vive com a filha Ana Maria e tem dias cheios: num dia de sol, vão dar uma volta por aí e é frequente darem ‘um pulo’ a Castro Laboreiro, à Peneda, aos grandes mercados em Porriño (Galiza) ou a Monção à feira ou mesmo a uma pizzaria, petisco de que Maria do Rosário tanto gosta. Nos dias de chuva, fica em casa mas não pára: faz croché, cozinha (sabe preparar uma lampreia que faz a delícia das visitas) e ainda tem tempo para quem chega de visita ou telefona todos os dias.

É conhecida por muitos locais onde passa, desde o Intermarché de Melgaço ao Continente de Monção – de conversa franca e cheia de memórias do seu tempo de juventude e de hoje, facilmente se estabelece uma alegre tertúlia à sua volta, e um simples tema pode ser conversa para uma tarde. Seja em torno das suas memórias da meninice, do tempo em que ainda havia homens para acender os candeeiros que alumiavam a rua de Santos (em Lisboa, onde viveu), seja sobre o teor das amizades de hoje.

Apoiada por uma muleta, que lhe traz alívio a uma perna mais ‘preguiçosa’, ainda hoje faz a sua vida normal, pelo que é muito provável que, quem circule diariamente pelos concelhos minhotos, num supermercado ou numa ida ao médico, em Valença ou Cerveira, se cruze com aquela que segurará o título entre as centenárias com mais idade do Alto Minho. E sempre pronta para dois dedos de conversa.

Na proxima edição impressa do jornal “A Voz de Melgaço” vamos desvelar este rol de memórias, da ligação a Melgaço e do apego de Maria do Rosário a Melgaço, fruto de uma longa conversa em que ficou patente a jovialidade da sua memória e a alegria dos seus dias, na simplicidade bucólica da sua varanda sobre as vinhas de alvarinho, com o Rio Minho ao fundo.

Longa vida à D. Maria do Rosário!

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