Melgaço inaugurou iluminação de Natal e abdica da mediática disputa dos recordes

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“Não disputamos nada com ninguém. Nem a quantidade de foguetes, nem a altura da árvore de Natal, nem a quantidade de lâmpadas”.


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O município de Melgaço inaugurou ontem, dia 7 de Dezembro, a iluminação de Natal. Nas principais artérias da Vila já há cores das luzes natalícias, assim como no Largo Hermenegildo Solheiro, em frente ao edifício da Câmara Municipal, onde uma estrutura de ferro devidamente iluminada e, em jeito de balão de ar quente, será a moldura ideal para quem quiser fazer uma foto… e sonhar alto.

A autarquia apostou na iluminação que já vem sendo tradição, sem entrar na corrida dos recordes de maior árvore ou maior número de luzes que ultimamente tem sido destaque em várias localidades.

“O Natal é muito de uma dimensão interior. Não quer dizer que a dimensão exterior não seja importante, que uma rua animada não seja interessante, encontrar os amigos numa rua iluminada, num café, num restaurante, num comércio local, é bom que haja esta troca, mas fundamental é viver em alegria”,  realça o edil de Melgaço, Manoel Batista.

“Na infância, quando celebrava o Natal com os meus pais, quando nos juntávamos na igreja, com a população e como isso era importante para além da dimensão da família.  É importante a dimensão comunitária de cada uma das famílias na sua aldeia, na sua paróquia”, recordou o autarca, aconselhando a “não pôr o pendor maior na oferta de presentes, não é propriamente a coisa mais importante”, mas “no dinamismo e esse convívio salutar de Natal”.

Sobre as luzes que animarão as ruas e principais praças do concelho, onde há maior dinamismo comercial, o presidente da Câmara diz que tem procurado fazer uma cobertura mais abrangente de todo o centro urbano da vila, mas abdica da competição no maior número de adereços os luzes nas ruas.

“Não disputamos nada com ninguém. Nem a quantidade de foguetes, nem a altura da árvore de Natal, nem a quantidade de lâmpadas. Não faz sentido. Estas competições fazem lembrar as de há alguns anos nas Freguesias com as comissões de festas, em que se a deste ano tivesse lançado uma dúzia de foguetes, a do próximo ano tinha de lançar duas dúzias, porque se não fica mal. Isto levou-nos a situações incomportáveis. Não entramos nessa guerra. Queremos que a nossa população tenha conforto, tenha alegria”, ressalvou Manoel Batista.

O autarca reforça ainda a mensagem universal que o simbolismo da tradição cristã encerra, na qual a marca da solidariedade não pode ser “comezinha”, “do presente que se oferece, mas de percebermos que muitos estarão a passar um Natal muito complicado”, observou.

Programa natalício na imagem abaixo e em resumo no texto “Em Melgaço até o Pai Natal é Radical e desce o rio para entregar presentes”

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