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Do teatro ao cinema, passando pelas iniciativas populares que atraíram centenas de pessoas às ruas de Melgaço no último Verão, Abel Marques, Chefe da unidade orgânica de Cultura, Museus e Património do Município de Melgaço, defende uma programação que cada vez mais deve identificar-se com as pessoas, sem deixar de ter o seu papel pedagógico.
O MDOC – Festival Internacional de Documentário de Melgaço, organizado pela AO NORTE, tem procurado instalar na comunidade melgacense a curiosidade de saber mais sobre si e o mundo a braços com problemas idênticos (ou temas com que o espectador se identifica), Abel Marques diz que também o teatro não pode perder esse norte.
A Associação Comédias do Minho, que desde 2003 assume a orientação do que é o teatro no Vale do Minho, em colaboração com grupos amadores de cada município, tem adaptado as sessões de teatro para o público adulto que vai às salas.
Abel Marques diz que não houve ‘divórcio’ entre o publico e o teatro mas os técnicos dos municípios, “conscientes desse afastamento, há alguns anos, por terem apostado numa linguagem menos perceptível para os públicos mais rurais, como é o caso do Minho, não só de Melgaço”, foram “chamando à atenção” para que as peças destinadas ao grande público explorassem linguagens que este entendesse melhor. Contudo, o projeto pedagógico e comunitário são “de referência nacional” que cumpre proteger, nota Abel Marques.
A programação cultural em contexto de festa, no caso da concelhia, apostou em contextos onde é a moldura popular que completa o programa. Contactaram associações para dinâmica, com venda de produtos, artesanato ou outros, no âmbito do Mercado Medieval, e o Cortejo Histórico, um dos grandes momentos das festas.
“O Cortejo é uma iniciativa de pura e dura participação da comunidade. Foi um desafio nosso, apresentamos a ideia às freguesias e surpreendeu-nos a qualidade das representações e a participação”, congratulou o programador cultural.
Texto completo na edição impressa do jornal “A Voz de Melgaço”