77º Aniversário – “Falar com o coração, testemunhando a verdade no amor”

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Numa comunicação social tão agressiva e banal como a dos nossos dias, é enorme o desafio de nos mantermos fiéis a este ideário e ideal com marca crente e cristã, mas marca distintiva do jornal «A Voz de Mel­gaço», desde a primeira hora.


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Neste 77º aniversário, poucos dias depois da Festa da Ascensão, Dia Mundial das Comunicações Sociais, somos acompanhados por um lema que o Papa Francis­co propôs para este dia e que tem sido nosso apanágio ao longo destes anos, pois desde o primeiro número, datado de 30 de Maio de 1946, Quinta Feira da Ascen­são, que o jornal quis ser «uma carta de amor» para com os seus assinantes, espalhados por Portugal e o mundo.

Nos anos anteriores, Francisco propôs uma aborda­gem em que os verbos ir, ver e escutar são apontados como «condição necessária par a uma boa comunica­ção». Neste ano, salienta a importância do coração na atitude da comunicação para que seja possível teste­munhar a verdade. Diz o Papa: «Foi o coração que nos moveu para ir, ver e escutar; e é o coração que nos move para uma comunicação aberta e acolhedora. Após o nosso treino na escuta, que requer saber esperar e pa­ciência, e o treino na renúncia a impor em detrimento dos outros o nosso ponto de vista, podemos entrar na dinâmica do diálogo e da partilha, que é, em concreto, comunicar cordialmente. E, se escutarmos o outro com o coração puro, conseguiremos também falar, testemu­nhando a verdade no amor».

Numa comunicação social tão agressiva e banal como a dos nossos dias, é enorme o desafio de nos mantermos fiéis a este ideário e ideal com marca crente e cristã, mas marca distintiva do jornal «A Voz de Mel­gaço», desde a primeira hora.

Lembro, entre muitos outros assuntos, as duas am­nistias conseguidas por intervenção do padre Carlos para que os emigrantes que tinham saído do país sem a devida autorização das autoridades pudessem vir à sua terra e regularizar a situação. E as crónicas das 8 viagens que fez a França e as visitas aos nossos conter­râneos são o testemunho eloquente de um comunicar coração a coração.

Imagem: Capa do livro publicado em Julho de 2010, por altura do centenário do nascimento do Pe. Carlos Vaz, da autoria e coordenação de textos dos sobrinhos, padres Carlos Nuno Vaz e Júlio Nepomuceno Vaz

Queremos seguir as sugestões do Papa e recusar «expressões sensacionalistas e agressivas», apostando numa comunicação que seja narração da verdade com coragem e liberdade».

Não temos poupado esforços para que «na Igreja a comunicação seja de tal forma que «inflame os cora­ções, seja bálsamo nas feridas e ilumine o caminho dos irmãos e irmãs». Uma comunicação que saiba deixar-se guiar pelo Espírito Santo, seja gentil e ao mesmo tem­po profética, capaz de encontrar novas formas e mo­dalidades para o anúncio maravilhoso que é chamada a proclamar no terceiro milénio». Sem uma tal comu­nicação, o Sínodo em curso não alcançará os objetivos pretendidos.

Mensalmente, comunico com os prezados assinan­tes, agradecendo àqueles que pagam a tempo e horas a assinatura e até o fazem generosamente, e pedindo aos que se retardam que procurem compreender que ter a assinatura em dia é uma ótima forma de cooperação e colaboração para minorar os trabalhos e canseiras da administração, e contribuir para que haja meios eco­nómicos para satisfazer os encargos com a edição de cada número do jornal.

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