Eurodeputado visitou Sub-Região de Monção e Melgaço e ataca burocracia

Imagem do avatar
“Uma burocracia que existe em termos das exportações e em pequenas coisas que nós nem vemos. Um exemplo simples: a certificação de uma balança. A Câmara de Melgaço certifica as balanças mais pequenas. A seguir, a partir de determinado peso, é a Câmara de Valença e, depois, ainda há um instituto nacional que faz a certificação de outros. Três entidades diferentes, quando uma única poderia fazer tudo”.


Publicidade

O eurodeputado José Manuel Fernandes, chefe da Delegação do PSD no Parlamento Europeu e membro efetivo da Comissão da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, realizou, no dia 21 de setembro, um encontro/visita de trabalho à região do Minho, concretamente à sub-região de Monção Melgaço. 

O eurodeputado pretendeu “conhecer de perto a realidade do sector, recolhendo as necessidades e eventuais contributos que possam surgir para o trabalho parlamentar”. A visita foi ainda aproveitada para dar a conhecer as medidas de apoio da União Europeia para as empresas do sector agrícola. 

José Manuel Fernandes visitou a Adega Cooperativa Regional de Monção, o Museu/Espaço Histórico e Cultural, assim como à adega. Foi recebido pelo presidente da Cooperativa, Armando Fontaínhas, e pelo vice-presidente, Manuel Gonçalves Fernandes. No período da tarde, visitou a Quintas de Melgaço e a respetiva adega. O momento contou com as presenças do Administrador Delegado, Pedro Soares, e de um representante dos accionistas, Eduardo Nóvoas. 

“A agricultura é um setor que temos de valorizar. É essencial para a nossa soberania alimentar, para termos produtos de qualidade a preços acessíveis. Ao contrário do que muita gente pensa, os agricultores são os melhores amigos do ambiente. Ajudam à nossa economia e o setor da vinha é também ele muito importante”, indicou José Manuel Fernandes, no decorrer do encontro.

Sobre a Adega Cooperativa Regional de Monção, o eurodeputado notou, segundo dados fornecidos pela própria, que “estes conseguem – em termos de Portugal Continental – ser os que melhor pagam aos produtores (preço da uva de alvarinho). Com cerca de 1400 produtores ativos, a região é detentora de marcas que se confundem com o próprio território: o ‘Muralhas’ é conhecido além fronteiras e é identificado com este território, assim como o ‘Alvarinho Deu-La-Deu’”.  

Portugal tem de diminuir a burocracia


O eurodeputado contextualizou ainda que “este é um trabalho que é, absolutamente, essencial para a nossa economia, pelo que os produtores devem ser acarinhados. Constato, mais uma vez, que Portugal tem de diminuir a burocracia que muitas vezes coloca sempre na responsabilidade da União Europeia. Burocracia que só traz entrave, desmotivação e aumento de custos”.

“Uma burocracia que existe em termos das exportações e em pequenas coisas que nós nem vemos. Um exemplo simples: a certificação de uma balança. A Câmara de Melgaço certifica as balanças mais pequenas. A seguir, a partir de determinado peso, é a Câmara de Valença e, depois, ainda há um instituto nacional que faz a certificação de outros. Três entidades diferentes, quando uma única poderia fazer tudo”, analisou o eurodeputado.


Para José Manuel Fernandes, “todos os fundos que existem para este sector são essenciais. Portugal tem esses fundos disponíveis quer no PRR, quer no Portugal 2030, no Programa Operacional Regional, que ainda nem abriu candidaturas nos recursos da agricultura, e através do FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Rural.  É fundamental que esses recursos sejam disponibilizados, não só para a vertente da modernização, mas também da eficiência energética – o que significa, para traduzir em uma linguagem simples, a possibilidade de instalação de painéis, assim como investimentos que permitam aumentar a eficiência energética” – conclui ainda o eurodeputado. 

Acordo UE-MERCOSUL “é importantíssimo para a nossa agricultura”

“Daqui levo a certeza que é inaceitável quererem – como muitos pretendem na União Europeia – rotular as garrafas de vinho com mensagens negativas, como aquelas que existem, por exemplo, nos maços de cigarros. O vinho consumido com moderação não faz mal. Levo daqui uma outra certeza que já tenho defendido: o acordo União Europeia – Mercosul é importantíssimo para a nossa agricultura, para os nossos azeites, para o têxtil e vestuário e, sobretudo, para a área do vinho. Vamos procurar fazer este Acordo União Europeia – Mercosul, pois os nossos produtores bem merecem e precisam”. 

José Manuel Fernandes


A Adega Cooperativa Regional de Monção tem 65 anos de existência, cerca de 1.720 associados, produz 6 mil garrafas/hora, 8 milhões de Kg de uva/anual, 7 milhões de garrafas vendidas/ano e tem um volume de faturação (2022) de mais de 17 milhões de euros
A Quintas de Melgaço nasceu em 1990, tem 530 produtores, 2 milhões de garrafas/ano e tem um volume de faturação anual de cerca de 5 milhões de euros.

Total
0
Shares
Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Artigo Anterior

A Casa do Rio do Porto: alguns apontamentos históricos

Artigo Seguinte

Hipermercados Coca: Já toma forma investimento de cerca de 2,5 milhões de euros em espaço comercial de 1400 metros

Pode também ler

O melhor ‘casamento’ entre Norte e Centro: RCVA reafirmou geminação com Confraria dos Ovos Moles de Aveiro

“Foi um evento muito especial e de excelente convívio confrádico entre as 20 confrarias participantes com uma ótima anfitriã. Agradecemos aos produtores de Monção e Melgaço que apoiaram a nossa participação com os seus espumantes, permitindo um momento único de harmonização com os ovos moles de Aveiro”
Imagem do avatar
Ler mais