Cycling Team Bombos S. Sebastião: Melgaço reforçou apoios ao clube que segura pódios a nível nacional no BTT… e cinco ciclistas melgacenses

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Há 8 anos que a Cycling Team Bombos S. Sebastião/LusoPrint/Monçãobike, sediada em Darque, Viana do Castelo, assume o território alto-minhoto como casa do que pretendem ser no novo desporto de referência nacional.

“Melgaço está na vanguarda do BTT nacional”, diz Jorge Sousa, presidente da Cycling Team desde a fundação, e talvez por consciência disso o município tenha reforçado o seu apoio à equipa que alberga cinco atletas melgacenses que já passaram pelos pódios, nomeadamente Roberto Soares (Paraciclismo), Rui Souto (Elites), António Souto (Master 55), Abílio Freitas (Master 45) e Rodolfo Lopes (Master 55).

Há sete anos que a Cycling Team Bombos S. Sebastião compete a nível nacional, o que lhe permitiu até ao momento criar uma equipa com 30 atletas que competem nos vários escalões, desde os de formação, cadetes até aos Master 60.

Para já, o clube “que está a crescer com peso e medida” recomenda que a região se prepare também para a melhor campanha que o município e a região terão na modalidade BTT, o Campeonato Europeu XCO em 2025, “que trará muitos visitantes ao longo dos anos seguintes”, considera Jorge Sousa.

Questionamos o responsável do clube de Darque sobre a vontade, a modalidade e as necessidades de um clube que se veste a cada época com marcas do território e de Melgaço em particular.

A Voz de Melgaço (AVM) – Como surgiu a oportunidade de Melgaço reforçar o apoio ao clube, passando a ser um dos patrocinadores oficiais com expressão?

Jorge Sousa (JS) – Depois de alguns anos como patrocinadores da equipa e com os resultados obtidos a melhorarem de época para época, surgiu a oportunidade para conciliar os ideias do município e da estrutura desportiva.

AVM – As marcas do concelho também se foram aproximando da modalidade e a apoiar cada vez mais? Quem é o vosso maior patrocinador, além do apoio institucional?

JS – felizmente temos diversos apoios de empresas em Melgaço, estando todos dentro do mesmo patamar de apoio. A empresa que nos apoia há mais tempo e com maior destaque é a Quinta do Regueiro.

AVM – No caso de Monção e Melgaço, há quanto tempo o ciclismo, sobretudo no BTT, ganhou expressão e foi captando a atenção dos actuais e potenciais futuros atletas de ambos os concelhos?

JS – Desde o primeiro ano que temos atletas das duas localidades. A prática de BTT já vem de longos anos, a nossa estrutura só veio abrir portas da competição federada a quem assim o pretende.

AVM – Face às provas de referência que ambos os concelhos têm promovido nos últimos anos, o BTT está a atravessar a sua melhor fase no que respeita à dinâmica que se verifica no território, ou ainda há margem para tornar a modalidade mais presente?

JS – Nunca podemos dizer que não existe possibilidade de a modalidade crescer ainda mais, claro que para isso têm de existir mais apoios particulares, para assim ajudar a desenvolver provas, actividades, pois só assim se consegue chegar a um maior número de amantes da modalidade. Melgaço está na vanguarda do BTT nacional, agora passa por implementar o ciclismo aos mais novos, passando pelas escolas, esse será o futuro.

AVM – Nos últimos anos e particularmente nestas provas realizadas na região, a Cycling Team dos Bombos S. Sebastião tem conquistado um número consistente de pódios. O clube está a reunir condições para ser um nome absoluto da modalidade no distrito, ou ainda falta alguma condição estrutural essencial para se enfrentar cada época competitiva com essa segurança?

JS – Somos um clube que está a crescer com peso e medida, nunca dando passos que não sejam certos e muito ponderados. Lutamos diariamente para se conseguir as melhores condições para os nossos atletas. Trabalhamos para sermos um nome de referência a nível nacional do BTT, com prata da casa, esse é o principal objetivo. Não podemos deixar de admitir que trabalhamos para sermos sempre melhores, se isso se traduzir no clube de referência a nível distrital, quanto melhor. O ciclismo é um desporto que só sobrevive dos apoios externos, só este fator, cria sempre muitos constrangimentos de época para época. Infelizmente ainda estamos carenciados de meios, precisamos de mais uma viatura de transporte e mais valências humanas para a estrutura.

AVM – Quais são os objectivos da equipa a médio-longo prazo? Dar o passo definitivo para a esfera das provas nacionais e internacionais?

JS – Felizmente, somos uma estrutura consolidada na panorama nacional do BTT, fazemos os circuitos das taças de Portugal tanto XCM como XCO e os campeonatos nacionais. Gostaríamos de poder participar em mais provas no estrangeiro, já temos muitas participações na vizinha Espanha, com resultados de muito relevo, mas o dinheiro não chega para tudo.

“Os organizadores estão a criar provas muito duras”

AVM – Que potencialidades veem em Monção e Melgaço para a modalidade? O território será ponto de passagem definitivo das grandes provas, sobretudo após o impacto do Campeonato da Europa de XCO em 2025?

JS – Os dois municípios têm tudo o que faz falta para ser referência nacional do BTT, as pessoas do poder devem olhar para a modalidade com outros olhos. O campeonato europeu XCO em 2025 irá ser uma montra muito grande, que trará muitos visitantes ao longo dos anos seguintes, mesmo para turismo aventura emergente que é o BTT. Os municípios devem repensar as organizações das provas, criando possibilidade para que todos os interessados participem nelas. Temos que ser verdadeiros, hoje em dia os organizadores estão a criar provas muito duras, que levam a que os simples amantes das duas rodas não participem. Esse será o ponto principal a ser corrigido.

AVM – Que potencialidades veem em Monção e Melgaço para a modalidade? O território será ponto de passagem definitivo das grandes provas, sobretudo após o impacto do Campeonato da Europa de XCO em 2025?

JS – Os dois municípios têm tudo o que faz falta para ser referência nacional do BTT, as pessoas do poder devem olhar para a modalidade com outros olhos. O campeonato europeu XCO em 2025 irá ser uma montra muito grande, que trará muitos visitantes ao longo dos anos seguintes, mesmo para turismo aventura emergente que é o BTT. Os municípios devem repensar as organizações das provas, criando possibilidade para que todos os interessados participem nelas. Temos que ser verdadeiros, hoje em dia os organizadores estão a criar provas muito duras, que levam a que os simples amantes das duas rodas não participem. Esse será o ponto principal a ser corrigido.

AVM – Quanto ao interesse de novos atletas, veem em Monção e Melgaço um crescente interesse pela modalidade?

JS – A prática da modalidade teve um aumento muito grande desde a pandemia, mas precisamos de trabalhar com as crianças bem cedo, pois infelizmente só o futebol é que interessa para os mais velhos. Temos tido procura por parte de atletas de escalões de formação e estamos a criar condições para termos a nossa própria escola de ciclismo.

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