Assembleia Municipal: Povo votou AD, ala socialista votou Rui Solheiro

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Rui Solheiro é o novo presidente da Assembleia Municipal de Melgaço, eleito na primeira Assembleia Municipal após a tomada de posse do executivo municipal, que decorreu nos Paços do Concelho no dia 25 de outubro.

O movimento de secretaria, previsto na Lei das Competências e Funcionamento dos Órgãos dos Municípios e das Freguesias, permitiu a eleição – por 14 votos – da lista proposta pelo Partido Socialista, liderada pelo histórico ex-autarca de Melgaço e completada por Carla Domingues e Carla Sofia Abreu.

A lista da AD, liderada por Manuel Fernandes e eleita por sufrágio concelhio no dia 12 de outubro com 2.637 votos (mais 401 do que a do PS), permitiu à coligação eleger mais um deputado direto na Assembleia Municipal – a AD elegeu oito e o PS sete – mas perdeu na representação de presidentes de Junta, que são automaticamente membros por inerência.

Desta forma, a coligação PSD/CDS-PP estava em desvantagem nesta votação, no que ao alinhamento ideológico diz respeito: somava apenas oito deputados resultantes da votação popular, mais quatro dos presidentes de Junta que integram a Assembleia Municipal, num total de doze.

A ala do Partido Socialista partia para a votação com mais garantias de eleição do seu candidato, se garantisse a votação conforme a afinidade partidária: aos sete putativos votos dos deputados eleitos diretamente pelo povo, somava, à partida, mais nove votos resultantes dos presidentes das Juntas conquistadas pelo PS, totalizando dezasseis.

Com a proposta de duas listas, a mesa provisória, presidida por Manuel Fernandes, preparou o ato eleitoral, com voto em urna, que recolheria as intenções de 27 dos 28 deputados com direito de voto (por ausência de uma deputada do PS, com falta justificada).

Contados os votos, a lista de Manuel Fernandes obteve 13 votos – um membro da ala socialista confiou o voto aos nomes propostos pela AD  – e a de Rui Solheiro (PS) 14. A diferença de um voto defraudou a expetativa do vencedor do voto popular, manifestado no dia 12 de outubro, que não vingou na eleição pelos deputados e membros por inerência na Assembleia Municipal.

“Até esta votação, tive sempre a expectativa, que era legítima, porque resultava de uma votação popular muito forte, numa pessoa que eu entendo que os melgacenses gostariam de ver a liderar a Assembleia Municipal”, declarou Manuel Fernandes aos jornalistas, no final da sessão.

Sobre o sentido de voto, Manuel Fernandes considerou que os membros da Assembleia Municipal “deveriam ter sido dignos de interpretar o verdadeiro sentido de voto dos melgacenses. Pelo resultado, não foi assim que atuaram, fizeram uma votação meramente partidária”, atirou.

No momento da passagem de testemunho (de uma mesa provisória que durou menos de uma hora), Manuel Fernandes diz não ter “saudado” o protagonista do intento socialista.

“Não saudei o presidente Rui Solheiro porque me vejo ainda como eleito legítimo para presidente da Assembleia; ele apenas usou aquilo que a lei estabelecia, que era um procedimento legal”, reforçou.

(…)

“Nunca seremos uma força de bloqueio. Que ninguém tenha essa esperança ou receio. Estamos aqui para colaborar, para ser solidários, para ter uma relação institucional democrática saudável e para estarmos 100% ao lado dos interesses de Melgaço e dos melgacenses. Se alguém tivesse dúvidas, pode ter a certeza de que será este o nosso comportamento neste mandato”, afirmou Rui Solheiro

Texto completo na edição impressa de 1 de novembro do jornal "A Voz de Melgaço"

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